Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é um espetáculo de pirataria com um coração inesperado

Assim que Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii estourou em um número musical nos créditos de introdução, eu soube que estava prestes a viver uma experiência espetacular e bizarra, mesmo pelos padrões da série Like a Dragon.

Lá está ele, Goro Majima, o “Mad Dog” de Shimano e o protagonista do jogo, gesticulando freneticamente em um casaco de veludo roxo com franjas, enquanto uma tripulação de piratas canta e dança ao seu redor sobre os encantos do mar aberto.

Há muito o que assimilar e muitas surpresas que não queremos estragar, então vamos passar por alguns destaques do início do jogo. Você está prestes a se divertir.

De Riqueza em Riqueza

Majima desperta nas margens da Rich Island, uma pequena parcela de terra habitada por uma pequena comunidade. Ele também sofre de um caso severo de amnésia e não consegue se lembrar de quem ele é ou como chegou lá.

Com memória ou não, Majima é um personagem engenhoso e logo é acolhido por moradores de bom coração e moralmente complexos e se envolve em inúmeras brigas que acabam resultando nele se tornando capitão de um navio. Nada mal para um dia de trabalho.

A Rich Island é onde Pirate Yakuza começa a introduzir sua miríade de minijogos e atividades, fiel à formula de Like a Dragon. Alguns destaques iniciais incluem “Goro Goro Kitchen” – um minijogo de culinária onde Majima pode fazer refeições que restauram a saúde com ingredientes que ele comprou ou cultivou. É uma confusão alegre de apertos de botão bem cronometrados, e seu desempenho dita a qualidade da comida.

Batalhas navais e caça ao tesouro

Lutar contra inimigos no mar e acumular novas riquezas são duas atividades consideradas essenciais para a experiência pirata. Pirate Yakuza introduz ambas na mistura.

Enquanto você explora os mares, grupos de pequenos navios irão, de forma intermitente, engajar com você, provocando combates aquáticos. Aqui, você utilizará as defesas do seu navio, que começam com canhões potentes e uma metralhadora rápida montada na proa.

Você terá a opção de atualizar a artilharia do seu navio com peças que pode coletar ou comprar, o que será útil para inimigos mais poderosos mais tarde.

O combate naval é uma experiência de RPG por conta própria. Sua tripulação ganhará experiência e níveis quanto mais você lutar, e alguns membros têm habilidades únicas que podem lhe dar uma vantagem em uma batalha.

Eles também têm necessidades e humores – permitir que descansem e dar presentes ocasionais levantará os ânimos. Ter uma tripulação com habilidades e emocionalmente bem faz com que eles pareçam menos como adereços estáticos e mais como uma coleção real de personagens pelos quais vale a pena se importar, semelhante ao enredo secundário Cabaret Czar de Majima em Yakuza 0.

Estas batalhas são rápidas e distribuem pequenas recompensas, semelhantes aos miniencontros que você terá em terra com pequenos grupos de inimigos, embora seja um pouco mais fácil fugir de um punhado de homens do que rapidamente manobrar seu navio para longe.

As Caçadas ao Tesouro são apresentadas como uma sequência de chefes – sua tripulação desembarca em uma pequena ilha e precisa lutar contra uma série de piratas antes de enfrentar um chefe e conquistar o tesouro no final. Aqui, você encontrará itens únicos que podem aprimorar as habilidades do Majima e, claro, montes de dinheiro.

O “cão do mar” de Shimano

Majima também adquire uma nova postura de luta exclusiva para Pirate Yakuza – Estilo “Sea Dog” (“Cão do mar” em uma tradução livre). A postura permite a ele desferir golpes rápidos e ágeis com um par de cutelos, alternando entre ataques leves e pesados e causando grande dano em área.

Majima também pode empunhar uma pistola para ataques de longo alcance – perfeita para atordoar inimigos – e um gancho de corrente que o lança em direção a um inimigo, permitindo seguir com mais ataques de curta distância. Mais tarde, Majima pode invocar divindades usando “Instrumentos Sombrios”, itens estranhos saqueados de gangues piratas rivais.

Para dar uma ideia de como são essas habilidades, Majima pode invocar um tubarão gigante devorador de homens tocando um violino, uma cena absurda de se testemunhar.

Majima também carrega sua clássica postura “Mad Dog” vista em outros títulos de Like a Dragon aqui também, então se você (por alguma razão) não se sentir como um pirata extremamente legal, brandindo cutelos, seu repertório tradicional de golpes rápidos, ataques elegantes com facas e clones das sombras para aumentar o poder de ataque também é uma opção extremamente divertida.

O caminho de Madlantis

Majima e sua tripulação zarpam para o assentamento insular de Madlantis algumas horas após o início de Pirate Yakuza, e é talvez um dos meus locais favoritos que vi em um jogo Like a Dragon.

O local é um tesouro de delícias, escondido dentro de um sistema de cavernas e em grande parte construído a partir dos destroços de navios antigos.

Caminhar por Madlantis é parece inquietante de uma forma que espaços como Kamurocho e Sotenbori raramente são, mesmo em seus pontos mais sombrios. Ele está totalmente envolto em escuridão, iluminado apenas por letreiros de néon coloridos, holofotes fortes e barris em chamas.

Rostos suspeitos estão agrupados em cantos mal iluminados, bebendo, jogando cartas ou espancando alguém enquanto os espectadores não se importam.

É também o lar do Coliseu, onde Majima e sua tripulação podem enfrentar outras tripulações piratas para ganhar reputação como piratas temidos, assim como outras recompensas.

Madlantis é um dos quatro locais distintos que você visitará – Rich Island, Nele e Havaí, todos possuem seus próprios cenários únicos, personagens e atividades, mas Madlantis realmente me impressionou como um covil de maldade repleto de personagens que, novamente, mesmo pelos padrões de Like a Dragon, pareciam verdadeiramente extravagantes.

O coração de Yakuza

Embora grande parte deste jogo apresente uma aventura excêntrica cheia de duelos e caça ao tesouro, ele ainda está bem enraizado nos temas centrais da série. Enquanto Majima não consegue se lembrar de quem ele é, ele rapidamente se reúne com um elenco de aliados Yakuza, e suas aventuras com sua nova tripulação devem se entrelaçar com os negócios urgentes que ele deve lidar como chefe da Yakuza.

Ele também aborda alguns temas mais delicados: os perigos da paternidade, o equilíbrio entre querer manter um ente querido seguro e deixá-lo livre, e, claro, a sempre presente e pertinente questão que todo jogo Like a Dragon coloca: o que significa ser um homem.

Dito isso, ele também é um jogo incrivelmente engraçado. Os personagens são maravilhosamente blasés diante de absurdos totais, o que torna tudo ainda mais divertido.

Durante uma caça ao tesouro, Majima tem uma luta mano a mano com um enorme urso pardo e, depois, exclama “ah, ele tinha um clássico gancho de direita de urso pardo”. Momentos como este, combinados com as intensas linhas emocionais acima mencionadas que percorrem Pirate Yakuza, fazem desta uma aventura fantástica e completa.

Isso é apenas um pequeno vislumbre do mundo maluco de Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii – é uma aventura verdadeiramente única que parece um sonho febril, enquanto permanece fiel ao coração da franquia principal. Não falta muito para esperar, você pode zarpar com Majima quando o jogo for lançado para Xbox Series X|S em 21 de fevereiro.

Para aqueles que não conseguem esperar para experimentar toda ação, uma demo grátis do jogo está disponível para baixar e jogar agora mesmo.